Dr. Rafael Fontoura, um dos precursores do tratamento precoce da COVID-19 na região falou com exclusividade ao analista Leonardo Vicini, sobre o tratamento precoce e diversos assuntos relacionados à pandemia do Coronavirus, ele durante o programa apresentou gráficos que mostram a diferença que o tratamento precoce ocasionou na cidade de Santo Ângelo.

Segundo o médico quando se tem uma pandemia deve haver um comando que teria que ser o Governo Federal, pois o Brasil tem muitos Estados, “Quando o Governo Federal estava estimulando algumas iniciativas o STF tirou do Governo e atribui essa condução aos Governadores dos Estados, que agora estão querendo passar para os Prefeitos, o que gera um desconforto e insegurança muito grande na comunidade”.

Dr. Rafael resolveu agir, “quando começou aumentar o número de casos em Santo Ângelo peguei um protocolo do Governo Federal do inicio de junho e estimulei a implantar na cidade, não é algo que eu inventei e sim o que o Governo Federal ofereceu, apenas fiz algumas adaptações para nossa realidade, realizei um treinamento da equipe, reunindo médicos que tinham vontade de tratar, se cada um fizer o que tiver vontade não vai dar certo. Se cada um inventar um tipo de tratamento não vai dar certo”.

O médico relata que juntamente com o Dr. Sérgio estavam indo até a UPA onde colocavam nas paredes os protocolos o número do telefone para contatar, logo em seguida a cidade registrou a primeira bandeira vermelha, “Em um grupo no WhatsApp começamos a cobrar o Secretário de Saúde, o qual nos deu carta branca para o tratamento, terminamos de concluir o protocolo e iniciamos o Centro de Tratamento com o apoio do Prefeito que comprou todas as medicações para serem distribuídas”.

Dr. Rafael relatou que foi motivado a enfrentar a pandemia quando o vírus chegou ao Lar de Idosos onde ocorreram 7 óbitos, “Quando cursei medicina aprendi a tratar e medicar, nunca tinha visto essa história do fica em casa e receitar paracetamol, não é o que aprendemos na faculdade, tinha que estar errado, o que me motivou mesmo a tomar essa iniciativa foi quando ocorreu um surto do Coronavirus no Lar de idosos. O primeiro passo foi testar todos que ainda estavam no Lar de Idosos, três estavam internados, os que estava no lar deram negativo no teste rápido após alguns dias no teste PCR deram positivo, mas o resultado do teste demora para sair, então passamos a medicar todos os idosos, assumi um risco, se não desse certo seria muito mal falado, não é algo da minha especialidade, mas como iriamos ficar se não fizéssemos nada”. O médico ainda disse que tem vídeos dos idosos alegre contando que não pegaram coronavírus.

“Fechar todos em casa ficou comprovado que não resolve, em Nova Iorque 66% dos infectados contraíram o vírus em suas residências”

Para medicar os idosos foram usados alguns medicamentos entre eles a hidroxicloroquina, “Conversei com médicos que disseram que é um em milhões que da problema, alguns ainda me relaram ser o medicamento que mais receitam e nunca viram dar problema no coração, então percebi que havia algo por trás que estava falando mal, endemonizando o remédio e não deixando os médicos receitarem, então assumi o risco, tratamos 49 idosos e foi evoluindo bem, alguns idosos antes tinham dificuldade para comer e começaram a se alimentar, três que estavam no hospital acabaram falecendo, eles não receberam o tratamento precoce”.

No Lar dos Idosos dois acabaram falecendo, uma senhora de 102 anos e outra de 108 anos duas semanas depois de terminar o tratamento, “Lembro que um senhor estava mal e após tomar outro remédio que receitávamos o Annita começou a melhorar, então começamos a usar juntamente com a hidroxicloroquina. No protocolo que é sugerido pelo Governo Federal é sugerido a dose e medicações sempre deixando claro que depende do médico”.

Houve pessoas que foram prejudicadas com a cloroquina, ele lembra que um médico em Manaus está sendo investigado por ter receitado três comprimidos em vez de um, “O Paracetamol a dose máxima é duas gramas (4 comprimidos), se tomar 6 comprimidos pode machucar o fígado e só se salva com transplante e ninguém fala mal do paracetamol, a dipirona e antiflamatórios também podem dar feridas no estomago, mas são medicações que tomamos por que precisamos e não por que queremos”.

FIQUE EM CASA

Dr. Rafael falou sobre a campanha fique em casa, “Fechar todos em casa ficou comprovado que não resolve, em Nova Iorque 66% dos infectados contraíram o vírus em suas residências, a gripe comum ocorre no verão e no inverno, mas no inverno ocorrem com maior frequência às pessoas ficam mais fechadas dentro de casa, inoculando a quantidade maior do vírus. Como vai fechar em casa uma pessoa que tem que sair para sobreviver que precisa ganhar seu dinheiro do dia para comprar almoço e janta. Se isso funciona-se não iriam poder voltar atrás, fecharam o comércio e abriram cinco dias para o Dia do Pais, liberaram o futebol isso é um contradição não se tem uma linha de tratamento e raciocínio, agora que tudo foi fechado como vai voltar. Quase todos depois dos 50 ou 60 anos estão dentro do grupo de risco, as pessoas estão assustadas para voltar, teria que ter fechado uma ou duas semanas para equipes as UTI´s se preparar com medicação então voltar a normalidade”.

O tratamento precoce praticamente esvaziou a UTI em Santo Ângelo, “No início tivemos um número muito alto de óbitos, depois que começou o tratamento estabilizou, esvaziou a UTI do Hospital, já havia sido vendido alguns leitos para o Governo do Estado, agora a UTI está sendo ocupada por pessoas de outras cidades, temos que ser solidário com outros municípios”.

Desde o tratamento precoce foram realizados mais de 2 mil atendimentos na UPACovid e não registrado mais nenhum óbito, desses 900 receberam tratamento com cloroquina os outros foram com Annita, ivermectina ou remédio para gripe, “Não temos como acertar sempre, não tem testes, demora para chegar o resultado de Porto Alegre. Não estou defendendo a cloroquina, eu defendo tratar o paciente, após abrir o centro de tratamento na UPA diminuiu 30% os atendimentos de emergência no hospital, a comunidade foi beneficiada”.

“O comércio não passa Coronavírus”

O protocolo de tratamento rápido também foi enviado para hospitais menores da região de Santo Ângelo, “Sou de família humilde não iria colocar seis anos de medicina fora para perder meu diploma, ninguém é obrigado se não quer, tive pacientes que falaram que não queriam a cloroquina então receitei outra medicação, por isso tínhamos dois kits. As cidades menores que levamos o tratamento precoce também estabilizaram os casos. A cloroquina não é milagrosa tivemos caso de um jovem de 24 anos que tomou não adiantou a situação foi agravando até ir ser internado e receber oxigênio e medicações injetáveis. Esse vírus é impressionante está evoluindo, o primeiro caso que registramos estava em Santa Catarina veio de carro usando máscara por mais de seis horas e o irmão que estava junto que não pegou, é um vírus que depende da quantidade que é aspirada, por isso os profissionais da saúde estão em maior risco, o vírus tem algumas particularidades em algumas pessoas é extremamente agressivo em outras não, é diferente de qualquer outra doença”.

Questionado se pode não dar certo Dr. Rafael disse, “Funciona posso garantir que funciona, existem artigos na literatura, um deles diz para pararmos com essa questão ideológica o bem contra o mau, direita contra esquerda e usar as medicações, depois que a pessoa esta com falta de ar e é intubada nos melhores centros de Nova Iorque a estatística é de 88% de mortalidade, onde foi feito o lockdown foi uma tragédia na Itália em Nova Iorque, os dados estão ai são divulgados, o que devemos fazer é o isolamento cirúrgico, a pessoa com sintomas tem que ganhar a medicação e ficar isolada então testar, não é somente em Santo Ângelo que está sendo feito, em Gramado no Pará e o que chama atenção é que não partiu do estado e sim de grupo de médicos que se organizaram, fizeram e acabou resolvendo, não quer dizer que a pandemia está vencida, só vamos vencer quando chegar a vacina”.

A cura da pandemia do coronavirus somente chegará quando a vacina foi testada e distribuída, “O Presidente Bolsonaro acabou de encomendar 100 milhões da dose da vacina de Oxford para se ter uma ideia precisaríamos 70 milhões, foram comprados 30 milhões a mais, até lá devemos cuidar das pessoas de idade, tomar as medicações precocemente e quem tiver sintomas se isolar basicamente isso”.

“O comércio não passa coronavirus”

Sobre o lockdown e fechamento do comércio o Dr. Rafael relatou, “Fechar uma família em uma casa com jardim grande arejada é uma coisa, agora imagina fechar uma família com dez em um apartamento pequeno, as pessoas ficam tossindo no mesmo ambiente e o vírus vai entrando, a carga viral vai entrando pelo sistema respiratório, quando mais vírus mais grave será a agressão ao organismo. O comércio não passa Coronavírus, as crianças são casos raros que pegam o vírus tem um receptor que é o AC2 e a criança não tem esse receptor ainda não está maduro”.

O Brasil passou das 100 mil mortes ao ser questionado sobre qual seria um possível número caso o tratamento precoce tivesse sido implantado no país, “No estudo da França diminuíram de 19% o número de mortalidade para 3% na região com tratamento precoce usando a hidroxicloroquina e outras medicações. Santo Ângelo é um exemplo parou de morrer pessoas, parou de irem para UTI acabou internações, a curva estabilizou, casos sempre vão ter o vírus vai circular, mas o objetivo é não deixar acontecer mortes. Respeitamos todas as opiniões vivemos em um país democrático, não obrigo nem tento convencer a pessoa a tratar, respeito à opinião do paciente e dos médicos, mas o que preciso fazer é lutar, me preocupar com os que querem se tratar e os médicos que querem receitar. As pessoas não aguentam mais esse negócio de bandeirinha para lá e para cá, agora tem q resolver isso e é com tratamento precoce. Tiraram o poder do Governo Federal passaram para o Estado, agora como seria a reeleição do Bolsonaro se tivessem realizado o tratamento precoce desde o início, teria resolvido sem essa mortalidade toda, agora estão contra a vacina de Oxford que ele comprou que tem uma resposta muito boa, está apenas esperando cumprir os prazos das testagem”, finalizou Dr. Rafael Fontoura.

Convertendo esses números para o Brasil de 100 mil mortes seriam 15 mil óbitos com o tratamento precoce, um número alto, mas fica a pergunta quantas vidas poderiam ter sido salvas, quantas famílias iriam deixar de chorar por perder pessoas queridas, quantos pais e mães de família ainda estariam vivos, mas uma guerra de ideologias deixou milhares de famílias desamparadas, sem embasamento medico e ainda em alguns casos deixando os médicos com as mãos amarradas. Resultando na economia de um país quebrada, pessoas financeiramente desesperadas empresas sem saber o que fazer os números das ações adotadas em cada lugar estão ai só pesquisar, o Jornal Plural trás essa notícia para fazer pensar e refletir sobre as ações dos governantes.