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Escolarizar e Educar Pós Pandemia

Ao falarmos em pós pandemia, qual é a primeira coisa que nos vem em mente? Mudanças! A única coisa que podemos ter certeza no momento, é que inúmeras mudanças irão acontecer pós pandemia. Mudanças na saúde de nosso país, nas políticas públicas, na tecnologia, na sociedade, na educação. Esta última, ao meu ver, de todas as que foram citadas anteriormente, é e continuará sendo a mais impactada. Em um curto período, escolas e profissionais da educação, foram obrigados a se adaptar a uma nova maneira de ensinar, e nossos alunos, por sua vez, a uma nova maneira de aprender. Diante de tudo isso, o que podemos esperar? Uma evolução na relação entre família e escola, as quais, estão mais próximas do que nunca.

Desde o princípio sabemos que o objetivo da escola é mediar o conhecimento, preparar profissionalmente, ensinar o aluno a ser um cidadão com princípios, portanto da convivência grupal e social. Já a família, deve ou ao menos deveria, participar ativamente da vida escolar dos filhos, saber o que está de fato acontecendo, escolhendo uma escola que tenha valores congruentes aos seus, desenvolvendo uma comunicação aberta com professores e demais profissionais atuantes na mesma. Inúmeras vezes, foi necessário lembrar que educar é tarefa da família e escolarização é tarefa da escola.

Atualmente, ouvimos relatos de famílias afirmando que o lado bom da pandemia, se é que esta tem um, foi a aproximação de pais e filhos. Aproximação que surgiu, num primeiro momento, por uma necessidade, pois aulas online, atividades remotas, ensinar e aprender à distância; quem estava preparado para tudo isso? Se nem a escola e os alunos estavam, imagine a família. A pandemia desenvolveu muitos valores, mas de todos, a empatia é o maior. Empatia, a capacidade psicológica de sentir o que sentiria uma outra pessoa, caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Pais se colocam no lugar dos professores de seus filhos. Professores se colocam no lugar dos pais de seus alunos. Se existe situação mais empática do que esta, eu desconheço.

Nunca mais pensaremos na escola sem a fundamentação da família. Ambas são como um projeto educativo, o qual é coletivo e não individual. Somos um grupo: alunos, professores, coordenadores, diretores e famílias. Quando somos um grupo, se um integrante aumenta sua competência, aumenta a de todos.

A profissão de educador tem muito das relações familiares. Nos renovamos constantemente, recomeçamos quantas vezes forem necessárias, temos a emoção e o cuidado, sempre presentes em nosso dia-a-dia, da mesma forma, como as vidas com as quais nos relacionamos, que acabam dando sentido à nossa própria vida.

Ana Caroline Reus Chitolina
Orientadora Educacional,
UNINTER Santa Rosa

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