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Frente Parlamentar reúne empresários gaúchos e estatal chinesa para consolidar negócios

A Frente Parlamentar Brasil/China, capitaneada pelo deputado estadual Jeferson Fernandes (PT), reuniu representantes do grupo empresarial brasileiro ABC, que alia a Agrom Internacional, a Burmann Alimentos e a Comtigres Comercio e Representações, Importação e Exportação, com o gerente comercial da CITIC Construções do Brasil Ltda, empresa subsidiária do conglomerado empresarial China Investment Trust Corporation Group – Citic Group. O evento, que ocorreu na manhã de quinta-feira (15/10), dá seguimento à iniciativa da Frente Parlamentar em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, de aproximar a estatal chinesa dos empreendedores gaúchos para efetivar negócios e parcerias. O primeiro encontro neste sentido aconteceu no dia 29 de setembro, por meio digital. “É um trabalho de mediação que viemos fazendo como Parlamento para construir uma relação de confiança entre os chineses e os empresários gaúchos. É da praxe chinesa estreitar relações comerciais que estejam amparadas por uma relação institucional”, explicou o deputado.

Para o empresário Umberto Maciel, da Agrom, focada na importação e exportação de carnes, o saldo da reunião é muito positivo. Ele já exporta cerca de 2 mil toneladas de carne/mês para a China e crê na ampliação do mercado a partir do ano que vem. “Foi extremamente importante o encontro. A CITIC é um cliente grande, um cliente sério e real. E a mediação do deputado no sentido de aproximar e acompanhar estas tratativas é fundamental para fortalecer a relação”, valorizou. Ele lembrou que as perspectivas de negócios se referem a 2021 porque não há tempo hábil para este ano em função do prazo de mais de 37 dias de translado de cargas para a China e a proximidade do Ano Novo Chinês. “Mas eles entendem isso e projetam o próximo ano”, completou.

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A Jorge Burmann, da Burmann Alimentos LTDA, os diretores da CITIC apresentaram a demanda de compra de sorgo, aveia em flocos, farelo de caroço de algodão e trigo, material voltado à alimentação do gado. Ele contou que a empresa já encaminhou uma proposta de preços destes produtos para a estatal chinesa e aguarda retorno. No entanto, falou à CITIC sobre o cenário de apreensão no Brasil quanto ao consumo interno, que está em elevação, em função dos novos hábitos gerados pela pandemia, e que isso ocasiona a alta de preços dos produtos. “Temos o exemplo do óleo de soja, do arroz. O Brasil vai produzir R$ 270 toneladas de alimentos, mas se dobrasse esta produção venderia tudo da mesma forma por conta da pandemia”, detalhou. Ele ressaltou que há dificuldade em ter matéria prima abundante no país. “Exportamos tanta soja, que agora temos de trazer de outros países, como a Argentina. Exportamos tanto arroz, que agora compramos até da Tailândia”, alertou. Apesar disso, Burmann crê no potencial do país para atender a demanda chinesa. Ele lembra que no centro oeste são colhidas 3 safras por ano. “De nossa parte, incentivamos o produtor a produzir volumes significativos e a diversificar sua produção para ter mais oferta. O Brasil é uma potência com capacidade de reverter facilmente este momento”, arrematou.

Paulo Tigre, da Comtigres, também saiu otimista deste segundo encontro com a CITIC. “Foi muito positivo. Tenho certeza de que vamos avançar muito no atendimento dos interesses do nosso estado”, concluiu.

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