Poluição do ar em Jacarta (Edição de julho de 2023)

A vida em meio ao caos na Indonésia

por Donato Heinen, de Jacarta, Indonésia | Fotos de Luciana e Donato Heinen

Indonésia – O país é constituído pelo maior arquipélago do mundo. São 17.508 ilhas em 1.904.569km2 de área. A população é de 273 milhões de pessoas, ou 70 milhões a mais do que temos no Brasil, que possui 8.510.000km2. A capital é Jacarta, com 10,6 milhões de habitantes. Chegamos na Indonésia no sábado (1º) à tarde.

Poluição – A poluição do ar e da água em Jacarta é bastante elevada. Todos os rios e riachos que existem na capital estão totalmente poluídos. Alguns estão pretos de tanto esgoto. Os dias são cinzentos, e a visibilidade, reduzida.

Transporte – De um modo geral, o transporte público urbano é bem organizado. Nas principais ruas e avenidas de Jacarta existem corredores exclusivos para ônibus. O passageiro paga com cartão magnético para ingressar nas plataformas de embarque, onde são feitas as conexões para as diversas regiões da cidade com pagamento único.

Frota – A frota de automóveis é composta em sua maioria por carros seminovos com o volante no lado direito. É a chamada mão inglesa. Já as vans que fazem transporte público são mais antigas. Têm muitas motos, que usam placas dianteira e traseira. E o tuk-tuk, moto adaptada para dois passageiros. A maioria dos motociclistas usa máscara devido a poluição do ar.

Genética – Os indonésios não são geneticamente propensos à obesidade. Dentre as milhares de pessoas que já encontrei em locais públicos. Praticamente não há pessoas obesas no país. A maioria das pessoas têm estatura baixa, principalmente as mulheres, que são bastante franzinas.

Calor – O calor é intenso. O uso do ar-condicionado é imprescindível. Apesar do calor, a maioria das pessoas transita na rua com manga comprida e até um casaquinho. A quase totalidade das mulheres anda com a cabeça coberta. Algumas delas usando burca, onde apenas os olhos são visíveis.

Turismo – Nos locais turísticos que visitamos até agora, vimos pouquíssimos turistas estrangeiros. Jacarta não é um destino turístico muito procurado. Uma das principais atrações é o Taman Mini, um complexo turístico criado em 1975. Tem área de 150 hectares e retrata a diversidade cultural e a beleza natural da Indonésia. Cada uma das províncias do país está representada no parque. Também têm lagos artificiais, museus, esculturas, edificações tradicionais indonésias, entre outros.

Povo prestativo – A população local é muito atenciosa com os visitantes. Embora poucos falem Inglês, estão sempre dispostos a ajudar de alguma forma. O Google tradutor é uma fermenta muito útil por aqui. Ao visitarmos o parque Taman Mini, fomos solicitados a tirar fotos com vários visitantes locais. Até no ônibus alguns passageiros pediram licença para tirar fotos conosco.

Comida – O arroz é o alimento mais consumido por aqui. Ele é servido sem qualquer tempero. Sequer sal eles colocam. Já a principal proteína animal vem do peixe e do frango. As comidas são bastante apimentadas. Mesmo pedindo para servir sem pimenta, são muito fortes para o nosso paladar. Haja estômago!

Motos – A Indonésia é o terceiro país do mundo com maior número de motos. Em torno de 115 milhões de motocicletas circulam por aqui. Em primeiro lugar, está a China, seguida da Índia. As ruas estão sempre cheias de motos. Nos postos, quase sempre há filas com 5, 10, 15 ou mais motos esperando para abastecer.

Viagem a Bali – Com o objetivo de conhecer um pouco mais as paisagens e cidades ao longo do caminho, optamos por ir de Jacarta a Bali de ônibus, no sábado (8). São cerca de 1.200 km. Segundo consta na passagem adquirida via internet, a viagem demoraria 17 horas. Um congestionamento enorme, principalmente de caminhões levando mercadorias para a ilha, atrasou muito a viagem, ao chegar próximo ao porto para a travessia do mar em balsa. Ao todo, a viagem, desde a saída do hotel em Jacarta até a chegada ao hotel em Bali, demorou 38 horas. Na volta para Jacarta, fomos de avião, mesmo porque a passagem custa pouco mais que a de ônibus.

Atentado em Bali – Situada na extremidade ocidental do arquipélago, próximo a ilha de Java, Bali tem 5.636,7 km2. Em 12 de outubro de 2002, na zona turística de Kuta, próximo ao litoral, ocorreu o pior atentado terrorista da história da Indonésia com a morte de 202 pessoas, sendo 164 estrangeiros (dois brasileiros) e 38 nacionais. Já 209 pessoas ficaram feridas. Visitamos o memorial construído em homenagem às vítimas.

Povo prestativo – A população local é muito atenciosa com os visitantes. Embora na capital poucos falem Inglês, estão sempre dispostos a ajudar de alguma forma. O Google tradutor é uma fermenta muito útil por aqui. Ao visitarmos o parque Taman Mini, em Jacarta, fomos solicitados a tirar fotos com vários visitantes locais. Até no ônibus alguns passageiros pediram licença para tirar fotos conosco.

Comida – O arroz é o alimento mais consumido por aqui. Ele é servido sem qualquer tempero, até em locais como a rede KFC. Sequer sal eles colocam. Já a principal proteína animal vem do peixe e do frango. As comidas são bastante apimentadas. Mesmo pedindo para servir sem pimenta, são muito fortes para o nosso paladar. Haja estômago!

Preços – De um modo geral, o custo de vida na Indonésia é menor do que no Brasil. Mas tem muita discrepância nos preços de alguns itens. E justamente o que mais é necessário à população, custa mais caro: as compras no supermercado. Seguem algumas comparações. Com o valor de um quilo de banana em Bali se compra uma camiseta de boa qualidade em Jacarta. Com o equivalente a 2,5 pares de chinelos Havaianas importados do Brasil ou com o preço pago para 40 kg de banana, se paga uma passagem de avião de Bali a Jacarta (mesma distância entre Porto Alegre e Rio de Janeiro). Já uma passagem de ônibus urbano custa em torno de um real, enquanto um pão doce de 250 gramas vale seis reais.

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