A remodelagem do negócio é uma realidade para 25% das empresas gaúchas, segundo a mais recente Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios, desenvolvida pelo Sebrae RS. Além disso, 6% dos entrevistados indicaram já estar estruturando um novo negócio, acelerando processos de digitalização ou tendo que se reinventar para manter o faturamento ativo.
Algumas mudanças implementadas pelas empresas durante esse período mais delicado economicamente devem ser mantidas no pós-pandemia, como o relacionamento com clientes por redes sociais (54%), a adoção de controles financeiros mais rígidos (40%), a venda por redes sociais (35%), manutenção de equipes reduzidas (23%), a redução/adequação de estrutura física (19%), e o relacionamento com fornecedores e compras de insumos on-line (18%). A expectativa de manutenção dos negócios para os próximos 30 dias é citada por 46% dos entrevistados.
“As lições aprendidas por conta da modificação de cenário ocasionada pela pandemia não devem ser esquecidas pelos empreendedores. As adaptações e reestruturações dos negócios, que vão desde a adoção de novos canais de relacionamento com os clientes, até a total remodelagem dos negócios, devem ser mantidas e aperfeiçoadas daqui para a frente. O mercado mudou, e as empresas precisam entender estas mudanças e se adaptar a elas rapidamente, caso contrário poderão ter muita dificuldade de sobrevivência”, destaca o diretor superintendente do Sebrae RS, André Vanoni de Godoy.
Estabilidade no faturamento
O comportamento do faturamento permaneceu praticamente estável de outubro para novembro, tendo aumentado para 21% dos empreendedores gaúchos, em comparação aos 23% de outubro, e diminuído para 48% em comparação aos 47% de outubro, o que pode sinalizar uma acomodação da situação das empresas no período.
A principal necessidade dos pequenos negócios permanece sendo o capital de giro (53%), com estabilidade dos percentuais em relação aos meses anteriores. Entretanto, outros temas ganham destaque para a expectativa da retomada das atividades, com foco em mercado e produtos. Entre eles: orientação sobre o uso de ferramentas digitais para venda e relacionamento com clientes (27%), análise sobre tendências e perspectivas do mercado (25%), consultoria/orientação para gestão financeira (25%), alternativas para diversificar produtos e serviços (25%), parcerias com outras empresas para otimizar os negócios (21%), consultoria para readequação e remodelagem de negócios (15%), e busca de novos fornecedores (15%). A Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios foi realizada de 04 a 17/11 e ouviu 484 clientes atendidos. A margem de erro é de 4,4%.
Mais dados da pesquisa:
Remodelagem do negócio
25% novembro
17,5% outubro
14% agosto
Empresas funcionando
89% novembro
92% outubro
87% setembro
87% agosto
79% julho
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