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Tema livre recebe o Sicredi

O Portal Plural, sempre buscando inovar, estreou na noite de quarta-feira, 17, o seu mais novo programa denominado TEMA LIVRE, um programa plural, abordando todos os assuntos de importância para a comunidade.

Apresentado quinzenalmente, às quartas-feiras, 19h, pelo ex-prefeito e Diretor do Portal Plural, Alcides Vicini e pela jornalista Carol Haag.

Para estreia do Tema Livre, um convidado muito especial, o Sicredi União, uma das primeira Cooperativas de Crédito do Brasil, com 119 anos de atuação no mercado financeiro, mais de 300 produtos e serviços oferecidos, 5,5 milhões de associados, 33 mil colaboradores e a 2ª instituição com maior liberação de crédito rural do Brasil.

Nesta estreia o Sicredi União estava representado pelo Sr. Sidnei Strejevitch, Presidente Sicredi União e o Sr. Giovani John, Diretor do Sicredi União que falaram sobre a expansão da instituição a nível de empresa e atuação no Brasil.

O SICREDI ALÉM DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA

Segundo Sidnei Strejevitch, “o Sicredi tem vários momentos marcantes no decorrer de sua história, ele surgiu do agro, através das cooperativas para atender o produtor rural. Mas num período passado ele (Sicredi) se tornou um sistema de livre admissão de associados. Muitos associados diziam: – “agora a cooperativa vai ter outra finalidade, será que isto vai ser bom?”. E a gente fez todo um trabalho nas assembleias para mostrar o quanto isso seria bom. Ou seja, no momento de dificuldade no campo, os recursos poderiam vir do meio urbano e vice-versa, pois é assim que se faz uma cooperativa, uma instituição financeira, e os associados acabaram entendo. Hoje eles estão muito contentes com o trabalho que foi feito lá atrás.”

Sidnei continua: “Com o passar dos anos, tivemos um outro problema, há 10 ou 12 anos atrás, um período extremamente marcante; foi a união de cooperativas aqui da região, e muitos novamente se perguntavam se isto era bom. Era a união da Grande Santa Rosa, as Missões de Santo Ângelo ambas com 40 anos, e a centenária Cerro Azul de Cerro Largo e conseguimos novamente, mostrar para o associado que uma cooperativa é feita da união de pessoas. E a prova está aí hoje, com o desenvolvimento da cooperativa, com a satisfação dos colaboradores e a nossa expansão para o estado do Espírito Santo. E essa satisfação só foi possível porque tivemos todo esse trabalho de união de cooperativas e de pessoas com diferentes pensamentos”.

DIFERENÇA DE BANCOS PRIVADOS E COOPERATIVAS DE CRÉDITO

“A diferença que há entre um banco normal e do banco cooperativa é que os dois, evidentemente, querem resultados, mas o banco cooperativo se preocupa também com o bem-estar e o bom resultado de seu associado, e é aí que está a diferença. Um exemplo claro: quando eu faço no Sicredi um seguro, um empréstimo, ou simplesmente pago as minhas contas de luz e água, eu estou ajudando o Sicredi a me ajudar. É círculo virtuoso, ou seja, quem abre uma conta está se associando, vira dono, tendo participação dos benefícios como cliente e associado”. Comentou Alcides Vicini.

Complementando o Diretor Giovani John comentou: “o que nos diferencia de um banco normal, é que trabalhamos muito na relação “Ganha Ganha”, como o associado também é um dono, queremos fazer negócios com coisas que façam sentido para ele, o associado tem que ter um ganho quando negocia com a cooperativa. Mas de uma forma muito clara, nós como entidade, uma empresa, precisamos ter um resultado, uma rentabilidade, que uma empresa normal chama de lucro, nós no meio cooperativo chamamos de sobra. O que buscamos é orientar o associado no que é melhor para ele, para que o que ele está pedindo não se transforme numa coisa pior, e isso faz bem para a empresa, associados do Sicredi e com isso a gente chega nesse círculo virtuoso”.

DESEVOVIMENTO E EDUCAÇÃO

“Temos um trabalho muito grande em desenvolvimento e educação, porque acreditamos no poder transformador da educação, por isso trabalhamos com programas como o “União Faz a Vida”, um time liderado pelo Giovani que trabalha muito forte a educação financeira”, disse o Presidente Sidnei Strejevitch.

Vicini comentou com muita propriedade ao dizer que: “eu participei como prefeito de alguns encerramentos do programa de educação financeira e fiquei encantado de ver como isto mexeu com os adolescentes, vi o quanto eles começaram a pensar e o quando devem ter auxiliado seus familiares a reorganizarem suas questões financeiras. São princípios simples, mas que mexeram profundamente com o jeito de ver e pensar”.

Para o Diretor Giovani John: “Todas as pessoas, independentemente de suas atividades, precisam de uma educação financeira, é um processo simples. Gerir um orçamento familiar é um processo financeiro. Com esse projeto, mostramos para as crianças nas escolas a importância da organização e isso gerou uma grande influência nas famílias, fizemos com exemplos simples, mostrando que se eu cuidar do dinheiro do meu lanche, fizer um planejamento de quanto gasto no mês, entendendo para onde vai o meu dinheiro, e se eu guardo um pouco do que eu tenho, no final de um certo período eu poderei atingir um objetivo. As crianças internalizam muito fácil e possuem uma influência dentro da família, o pai ou a mãe acabam levando isto para seus amigos, empresas e aí vem o poder multiplicador. Os resultados sempre nos emocionam porque acabam transformando a vida de famílias inteiras com um simples ato de saber como gastar e como economizar.”

“O brasileiro não tem a cultura da economia, ele recebe o dinheiro e gasta, mas quando eu economizo, posso realizar muitos sonhos” (Giovani John)

EXPANÇÃO DO SICREDI E RESULTADO DE 2021

Segundo o Presidente Sidnei Strejevitch: “o resultado de uma cooperativa também depende de uma boa gestão, muito da aceitação e participação do associado, é ele, como dono da cooperativa que constrói todo o resultado. A cooperativa vai ser do tamanho que o associado quiser. Uma das coisas muito importantes que aprendemos com o Fernando Dall’Agnese, hoje Presidente da Sicredi são as Participações holding, que é muito trabalhada dentro da cooperativa, a formação e sucessão. Temos um cuidado muito grande em formar pessoas, novos gerentes das nossas agencias, que basicamente cresceram dentro da cooperativa. A nossa diretoria também veio dessas posições, já tem anos de cooperativa. Eu, por exemplo, estou completando primeiro mandato como presidente, comecei na cooperativa há 28 anos atrás como estagiário e fui crescendo dentro da instituição. E querendo ou não, nossa pirâmide é inversa, porque quem realmente manda na cooperativa são os associados. Uma coisa que nos deixa muito contentes, são os resultados deste ano e a nossa chegada ao Espírito Santo. Ao visitar algumas pessoas lá, ouvíamos que desde nossa chegada, as outras instituições financeiras começaram a fazer visitas, a atender com mais carisma, a melhorar as taxas que no Espírito Santo não via. Esse é o papel da cooperativa, a mudança que a gente gera na comunidade onde atuamos, pois atuamos de forma certa, justa, com números, taxas e valores que possamos manter a instituição funcionando, mas não olhando grandes buscas de resultados e sim cooperando como um todo.

Na Região Noroeste do Rio Grande do Sul, são 39 municípios e 51 pontos de atendimento para os associados, são mais de 160 mil associados em uma região de menos de 500 mil habitantes.

No Espírito Santo, são quatro agências e este ano com planos para abertura de mais quatro agências.

O resultado da cooperativa durante o ano, é entregar para os associados R$ 103 milhões, fruto de muito trabalho, dos associados e dos mais de 800 colaboradores da cooperativa.

“Fato Histórico porque nunca tínhamos apresentado um resultado de três dígitos”. – Presidente Sidnei Strejevitch

“SELO DE GESTÃO”

“Nós nunca tínhamos participado da OCB – Organização das Cooperativas do Brasil, para gestão das cooperativas No Rio Grande do Sul são mais de 400 cooperativas de todos os ramos e apenas cinco foram premiadas com o “Selo de Gestão”, que é concedido pela OCERGS, com auditorias e consultorias que olham a gestão da cooperativa, números, prestação de contas e transparência. O Sicredi é uma desta cinco premiadas. Participamos pela primeira vez e para nós foi uma surpresa pois são muitos dados e informações que eles coletam, buscam e pesquisam. Esta premiação comprova a gestão que vem sendo construída a muitos anos dentro da cooperativa”, falou Sidnei.

DIVISÃO DOS R$ 103 MILHÕES

A empresa que fecha com bom resultado e, ao final deste ano distribui toda sua sobra aos seus donos, portanto 55% deste resultado fica em reserva legal da cooperativa, que é o que mantém seu desenvolvimento, sempre tem valores destinados aos associados, ou seja, todo o ano o Conselho de Administração tem a incumbência de tomar decisões. Temos sempre corrigido o capital social, e o máximo permito por lei é a taxa Selic. Ano passado começamos com uma Selic muito baixa, acabou crescendo durante o ano, mas a média do ano passado ficou em 3,52 %. Isso permitiu uma correção no capital dos associados de R$ 6 milhões. O valor varia de acordo com o capital investido. esclareceu o Presidente da Sicredi.

SOLIDARIEDADE

Vicini fez um relato emocionado sobre a participação e ajuda do Sicredi União nos momentos mais difíceis da pandemia: “No início da pandemia deu aquela aflição de como íamos socorrer as pessoas que estavam ficando doentes, porque nós prefeitos, batíamos nas nossas mesas junto com o Vida & Saúde para buscar uma solução, e o Sicredi foi uma das entidades que ajudou a pagar leitos de U.T.I. no hospital. O Sicredi nunca deixa alguém de mãos vazias, e eu falo isso porque naquele momento terrível, vendo as pessoas doentes e onde o hospital, com toda razão pedindo por mais leitos, fizemos um mutirão com os prefeitos para tentar uma solução e eis que chega o Sicredi, este que não se negou a nos ajudar, muito pelo contrário, estendeu a mão cooperada e aliviou nossos corações, trazendo esperança”.

Conforme o Presidente Sidnei, “Estas são algumas ações que a gente acaba não divulgando, mas o Sicredi apoiou muito nessa ação porque acreditamos que associado ounão, todos precisamos deste atendimento, e é assim sempre, estamos prontos inclusive para auxiliar a economia local, associado ou não, nós vamos fazer para todas as empresas.

E se alguém que comprar e não for nosso associado vai ganhar? Sem problemas, porque se ele comprar no comércio local ele vai ajudar no desenvolvimento. Se ele ganhar e não for nossos associados, não é isso que importa hoje, o que importa é apoiar e ajudar no desenvolvimento do comércio local neste período de dificuldades. Este é o olhar do cooperativismo, de desenvolver a região de deixar bons exemplos. Eu costumo dizer aos nossos colaboradores que a gente precisa usar desta maravilhosa empresa para fazer o bem para todos”.

COMO ENFRENTAR ESTA ESTIAGEM

Vicini questionou quando as dificuldades que os municípios vêm enfrentando com a estiagem prolongada, qual a saída que teremos para esta crise…

“Eu costumo dizer que de nada adianta a gente se assustar e brigar com o clima, precisamos trabalhar juntos para buscar alternativas. Acompanho a cooperativa aqui há quase trinta anos e já passamos por dificuldades deste tamanho ou maiores, secas consecutivas na nossa região que abalaram muito o meio rural, e a cooperativa sempre esteve ao lado do produtor buscando alternativas. Todo novo ano, todo Plano Safra sempre é uma briga, com falta de recursos, e isto vem se intensificando nos últimos anos, a cada ano, menos subsídios! A cooperativa vem se preocupando com isso bem como todas as outras instituições financeiras. A gente vem através da Central, OCB, com vários contatos junto ao governo, a própria Ministra da Agricultura trouxe que até o final deste mês ela estaria trazendo a abertura de mais recursos para o ramo agro, estamos buscando também alternativas de prorrogação daqueles associados que estão sendo mais prejudicados com a estiagem, estamos trabalhando forte para isso, precisamos nos unir parar term
os cada vez mais recursos para quem produz e a quem alimenta este país”.

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