A região noroeste do Estado sofre mais um ano com a falta de chuva, a estiagem prolongada fez com que alguns municípios da região precisassem decretar situação de emergência, como é o caso de Santo Cristo.
A última chuva volumosa antes da estiagem foi em setembro do ano passado.
Segundo Vanderlei Neuhause, técnico da Emater, no ano passado no mesmo período eles precisaram decretar estado de emergência, e esse ano, o caso se repetiu, pois estão vivenciando uma situação igual ou até pior do que no ano interior.
“Tivemos grandes perdas na produção de grãos de milho e na produção de silagem, além de enfrentarmos problemas com a falta d’água. Em algumas propriedades a água está muito baixa e tivemos que transferir animais,” disse o técnico.
A quantidade insuficiente de chuva comprometeu culturas como a do milho, a expectativa era de que fosse colhidas 45mil por hectare do milho destinado a silagem ( trato feito de milho oferecido ao gado), com a seca o prejuízo foi de 28% e para quem plantou depois do mês de setembro, estima-se um perda ainda pior.
O problema da lavoura é refletido nos animais. Cleiton Engel é produtor rural, em Bom fim, no interior do município.
Ele possui 140 vacas de leite e teve uma grande queda na produção devido a silagem que não ficou com uma qualidade adequada, por isso precisou procurar alternativas para tratar as vacas.
“Nós tínhamos plantado milho que chega para colher o grão e fazer silagem. Com a seca, tivemos que fazer silagem de tudo e comprar o grão. Para 140 vacas, usamos cerca de 350 sacos de milho por mês, no valor que está hoje, da um custo a mais de 35mil reais. Essa situação no limita a margem e nos deixa até no prejuízo,” contou Cleiton a reportagem.
A decretação de estado de emergência realizada pelo município de Santo Cristo e outros da região noroeste, abre espaço para a tentativa de subsídios do governo federal e estadual que poderão ajudar os produtores com recursos.