O dia 20 de agosto de 1965 ficou na memória de muitas pessoas em todo o Estado do RS e em Santa Rosa, depois de um dia inteiro e de uma noite de chuva fina, pela manhã, tivemos o privilégio de assistir uma chuva diferente. Por entre a conhecida chuva, começaram a cair flocos como de algodão. Era algo curioso. Aos poucos o chuvisco deu lugar apenas para os flocos. Estes flocos não viraram água, e sim, foram engrossando, pintando o chão, a grama, a vegetação, os telhados das casas e construções. As galinhas e os cachorros estranharam o acontecimento. E as horas foram passando, e o fenômeno acontecendo. Na estrada não passava ninguém. Nenhum vizinho a vista. Nenhuma criança foi para a escola. Passou-se o meio dia, e o gado estava na estrebaria. Foi alimentado com as reservas que estavam no galpão. A solução era procurar mais lenha, preparando a noite. O chão estava muito liso. Ao rolar um pedaço de lenha até o abrigo, este cada vez engrossava mais. A noite estava garantida. As galinhas e os pássaros não sabiam onde procurar abrigo. No mato havia barulho. Eram galhos das árvores quebrando o tempo todo. A noite havia, aproximadamente, 20 centímetros de neve no chão. Durante a noite voltou a chover e a derreter toda a neve. Os riachos e rios transbordaram. As pessoas que conheciam a neve na Europa, tiveram um dia de muita alegria, poder brincar, fazer bonecos e bolas de neve. Para quem não a conhecia, deixava certa preocupação. Alguns telhados de casas e galpões não resistiram ao peso. Em alguns casos eram muitos planos. Sem comunicação com vizinhos, todos guardaram este dia, curioso e surpreendente no coração. E, por muitos anos, virou assunto para ouvir e falar. Palavras de Siegfried Alberto Krebs Foto y texto compartido por Anete Rosane Krebs Guimarães no grupo Fotos antigas de Santa Rosa/RS-Brasil no facebook.
Passados 55 anos vivemos a expectativa de novamente ver o espetáculo da neve, o qual temos previsão para essa sexta-feira ou sábado, aguardamos.
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