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10 anos da morte de Leonice Fitz, a Paranormal da Linha Boa Vista

No dia 03 de fevereiro de 1975 nascia a menina Leonice Fitz, filha de um casal de agricultores, Ema e Arnildo Fitz(In Memórian), residentes na Linha Boa Vista, interior da cidade de Santa Rosa. A mãe Ema Fitz, teve uma gravidez quase normal, se não fosse pelas muitas dores de cabeça que sentia, sendo este o único fator que diferenciava de uma gravidez anterior. Leonice Fitz era a caçula da família e conforme relatos da própria mãe, desde neném não gostava de ficar sozinha. Mesmo com poucos dias de nascimento pressentia que estava só, chorava até que a mãe ficasse perto. Assim foi o crescimento da menina.

O dia a dia

A Irmã mais velha Odete Fitz, quando os pais se dirigiam para a roça em certas situações ficava sozinha em casa, mas, Leonice Fitz não! Ela tinha sempre que estar junto de sua família e mesmo gostando muito do pai adorava ficar perto principalmente da mãe. Segundo a Ema Fitz, a filha era muito diferente da irmã e das demais crianças da vizinhança, uma vez, que a menina se mostrava mais feliz e dificilmente ficava triste.

O segundo poder da menina com poderes sobrenatural e a única revelação

Além dos poderes sobrenaturais de mover objetos, a menina também fazia premonições, no entanto, em muitas vezes omitia o fato que estava para acontecer. Quando a mãe perguntava o que era que estava para ocorrer, ela respondia: “Amanhã a senhora vai ver”! A única vez que a menina revelou para a mãe sua premonição foi quando ela previu a morte do filho do vizinho que trabalhava em uma padaria na cidade de Três Passos. O rapaz sofreu um choque elétrico e foi a óbito. Leonice Fitz havia tido a premonição dois dias antes do ocorrido.

A menina Poltergeist

No mês de junho de 2020, completará 10 anos da morte de Leonice Fitz, que morreu no dia 26 de junho de 2010. Ela ficou conhecida em nível nacional pelos seus feitos paranormais, onde todos inclusive a imprensa passaram a chamá-la de menina Poltergeist (do alemão poltern (fazer barulho), e geist (fantasma)), também chamado por alguns parapsicólogos como Psicocinesia Recorrente Espontânea . São conhecidos como Poltergeist os fenômenos sobrenaturais não explicados pela ciência.

A investigação da reportagem para encontrar a mãe da menina Poltergeist

O Brasil conheceu a menina através da televisão, onde as imagens mostravam ela movendo um colchão e relatos da família de outras situações atribuídas ao seu poder mental. Em Entrevista exclusiva para o Programa Plural Entrevistas do Portal Plural, a mãe de Leonice Fitz, senhora Ema Fitz relatou com muitos detalhes e alguns até desconhecidos como tudo começou. Achar a mãe de Leonice Fitz que hoje está com 74 anos não foi tarefa fácil, pois, tivemos que nos deslocar até a Linha Boa Vista, interior da cidade de Santa Rosa. Para chegar até a localidade onde a família residiu por vários anos, a reportagem do Portal Plural utilizou a ERS 162, uma rodovia estadual de chão batido em estado crítico com muitos buracos, pedras soltas e valetas profundas nos acostamentos. São aproximadamente 15 Km do centro da cidade de Santa Rosa, até a Linha Boa Vista, onde hoje a poucos metros da propriedade da família da menina paranormal reside o cunhado da senhora Ema Fitz, o agricultor Ermindo Fitz. Foi através dele que a reportagem do Portal Plural chegou até a senhora Ema Fitz que hoje reside com um neto em uma casa alugada no Bairro Cruzeiro em Santa Rosa.

Leonice Fitz | foto reprodução RBS/TV

O começo de tudo

Segurando a emoção e com um olhar saudosista e com perfeita faculdade mental, D. Ema Fitz revelou que o primeiro ato de sua filha em mover objetos através do poder da mente aconteceu no ano de 1988 com 13 anos de idade. Mãe e filha estavam em cima da cama, quando D. Ema percebeu que uma folha de papel que estava embaixo da cama se movia de um lado para o outro. Curiosa e desejando saber o que estava acontecendo, a mãe saiu da cama, ascendeu a luz, olhou para baixo da cama e não havia nada. Sem ter entendimento sobre o que estava presenciando, ela desligou a luz e voltou para cama. Para sua surpresa o papel novamente saía e entrava para baixo da cama. Ela então perguntou para a menina: Leonice! O que é isso? O que tem ali? A menina respondeu que não sabia e de repente começou um barulho na parede como se alguém estive batendo na mesma. Enquanto esses primeiros fenômenos aconteciam, a menina Leonice Fitz permanecia deitada e quieta na cama.

foto reprodução RBS/TV

A percepção dos pais

D. Ema Fitz destacou que ela e seu esposo já estavam desconfiados que de a menina possuía algo diferente, só não sabiam o quê, mas, após aquela noite, não tinham mais dúvidas, a menina possuía poderes através da mente. Na sequência das ações paranormais, a menina começou a mover o colchão da cama, literalmente conseguia dobra-lo, mas com um detalhe, a menina Leonice Fitz só fazia isso quando estava sozinha deitada no colchão, junto com a mãe ela nunca fez.

foto reprodução RBS/TV

A fama e a perda da privacidade

Até esse momento somente os pais e a família eram sabedores dos poderes de Leonice Fitz, mas, tudo veio à tona quando na escola que ela estudava, uma professora percebeu que o boné de um aluno do nada levitou para cima do telhado. No caminho para a escola muitas vezes, a menina alertava os amiguinhos sobre um suposto veículo fazendo com que todos corressem para a beira da estrada, mas ninguém conseguia ver o tal veículo, somente a menina. Não demorou muito e os vizinhos começaram a visitar a casa dos Fitz para verem de perto os poderes paranormais.

A levitação de uma geladeira e a curiosidade dos vizinhos

Em uma dessas situações Leonice Fitz fez levitar uma geladeira a ponto dos vizinhos ficarem apavorados gritando que a geladeira iria cair, mas, não caiu. A menina colocou a geladeira no mesmo lugar que tirou. Todas as noites era comum a família Fitz receber visitas de vizinhos querendo ver de perto as ações da menina.

Transtornos sofridos pela família

Com imensa expressão de tristeza D.Ema Fitz relembrou quando os feitos da filha começaram a causar grandes transtornos para ela, para a filha e toda família. Após o caso ser divulgado em nível nacional por uma emissora de televisão local, ninguém mais da família teve paz e as romarias de pessoas estranhas na propriedade ceifaram de forma repentina toda a privacidade familiar. Quase com lágrimas nos olhos ela Disse: “Não era fácil! Era bem difícil conseguir viver com isso! D. Ema Fitz afirmou que os eventos paranormais não pararam nem mesmo após a visita de um padre, visita essa que foi acompanhada pela equipe de Televisão.

foto reprodução RBS/TV

A invasão da casa e o terceiro poder

Ela lembrou que em certa ocasião, cansados do assédio exagerado das pessoas, a família resolveu sair de casa para arejar, respirar um pouco e ficar em paz por um período. Achando que Leonice Fitz estava sendo escondida, pessoas que a família chamava de “curiosos” chegaram a invadir a casa pela janela. Até uma placa informando que a menina não estava em casa foi usada para diminuir o assédio mas, as pessoas não respeitavam. Ela relatou que inclusive recebeu a visita de nomes conhecidos na sociedade de Santa Rosa, pois, sua filha além de mover objetos, fazer premonições também tinha o poder da cura. A situação estava se tornando insuportável a ponto da família pedir para que os curiosos parassem com o assédio, pois ela, a mãe já começava ter a saúde fragilizada.

O baú, o vestido de casamento e um suposto ouro

Uma das ações paranormais que mais surpreendeu a família ocorreu com baú de roupas. Dentro dele havia um vestido de casamento de D. Ema Fitz e de repente a tampa começou a abrir e fechar e quando fechava descia com velocidade causando um enorme barulho. Utilizando seus poderes a menina abriu o baú e sem tocar no tecido o retirou de dentro sem que D. Ema Fitz percebesse, colocando-o embaixo da casa dizendo que naquele local havia ouro. A família chegou a verificar, mas jamais encontrou ouro algum. De acordo com a mãe, sua filha fez tudo isso apenas olhando para o baú, ou seja, ela se concentrava e com a maior facilidade realizava o movimento dos objetos.

foto reprodução RBS/TV

Visita a um padre em Porto Alegre

D. Ema Fitz relatou durante a entrevista que na tentativa de ajudar a menina e a família, o prefeito da época Erni Friedrich, levou Leonice Fitz e seus pais até a capital Porto Alegre, onde tiveram um encontro com um segundo Padre. Lá a menina e o religioso foram para um local que ficou com as portas fechadas e logo depois os fenômenos cessaram durante uns três meses. Leonice Fitz jamais revelou aos pais o que aconteceu dentro do cômodo com o padre. Segundo D. Ema, a única coisa que o tal Padre falou era que a menina Leonice Fitz possuía uma mente muito poderosa e era mais forte do que ele.

Poderes controlados e o radialista

O fato positivo é que após a pausa de pelo menos três meses, a menina passou a ter controle sobre seus poderes e dessa forma conseguia ter mais vida própria. D. Ema também relatou com certa tristeza que durante todo o tempo de sofrimento da família com os assédios antes de ir a Porto Alegre, a única pessoa que ofereceu ajuda foi um radialista “Heitor Fernandes” que se prontificou em construir um quarto para a menina, mas infelizmente isso não ocorreu, em virtude do profissional do rádio ter sido acometido por uma doença indo a óbito.

10 anos após a morte da menina Poltergeist

Prestes a fazer 10 anos da morte de Leonice Fitz, D.Ema Fitz disse que ficou muito doente e foi morar com uma neta onde permaneceu por dois anos e hoje mesmo morando com o neto, filho de sua primeira filha Odete Fitz, ela sente muitas saudades e que algumas vezes sente a filha presente, ao seu lado como se ainda estivesse viva, mas, como não está, ela se prende em seus pensamentos e por vezes acaba chorando. Ela disse: “Eu rezo, mas não adianta, se foi e nunca mais vai vir”.

O desrespeito ao túmulo

Um fato relatado pela senhora D. Ema Fitz durante a entrevista foi que após o sepultamento da menina paranormal, a sepultura sofreu invasões onde algumas pessoas acabaram levando objetos do local. Leonice Fitz morreu vítima de um câncer na bacia, já o pai faleceu vítima de câncer no Pulmão e a filha Odete morreu de forma trágica. Todos foram sepultados no pequeno cemitério da Linha Boa Vista. D. Ema afirmou que sua filha era uma menina e mulher feliz, dificilmente ficava triste, brincava com seus poderes a ponto de fazer levitar um galão de água sobre suas costas enquanto lavava roupas em um tanque.

O desejo da mãe e avó Ema Fitz

Ela revelou para a reportagem do Portal Plural que gostaria de voltar a morar em sua propriedade, chegou até a pedir uma casa para o repórter Silvio Brasil, mas, os netos acharam melhor a vovó permanecer próximo a eles e que se fosse possível o bom seria ganhar um terreno mesmo que pequeno no Bairro Cruzeiro para viver até quando o todo poderoso Deus desejar.

Leonice cuja suposta força paranormal apagou lâmpadas no passado, hoje enfrenta um câncer | Tadeu Vilani null

Quem pode doar um terreno?

No programa Plural Entrevistas, o apresentador Silvio Brasil fez um apelo aos muitos empresários para que doem um pedaço de terra para D. Ema Fitz morar e ali poder sentar na varanda olhar o belo nascer e pôr do sol de Santa Rosa lembrando das filhas, do marido e dos momentos que juntos viveram. Essa é apenas uma parte da história real com episódios que deixaram muitas recordações e marcas na família Fitz.

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