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VICINI: Entrada na vida pública

Em 1977 o prefeito Antônio Carlos Borges, convidou Vicini para ser Secretário de Governo, “Foi meu primeiro passo entrando na vida pública. Durante seis anos fui secretário de governo do Borges, onde criei laços com diversas pessoas da Arena, partido da época, então na eleição para suceder Borges”.

Para eleição seguinte havia três candidatos a prefeito pela Arena, Erni Friedrich, Nerci de Conti e Gilberto Mafazioli, eles estavam com dificuldade para escolher o vice, o Borges propôs para todos escolherem apenas um candidato a vice-prefeito e sugeriu nome de Alcides Vicini, todos aceitaram, “Em 1982 concorri a vice-prefeito de Erni Friedrich e ficamos no mandato até 1988, também fui Secretário de Educação nesse período acumulando funções. Um período muito interessante, o Erni me dava muito espaço para trabalhar, assumi várias vezes o posto de prefeito, onde tive uma integração muito grande com vereadores e lideranças”.

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De forma natural aconteceu à candidatura de Vicini para a Prefeitura Municipal de Santa Rosa, em 1988, seu vice seria Eclair Moraginski, mas devido algumas mudanças Borges acabou concorrendo juntamente com Vicini. Em sua primeira eleição, Vicini, enfrentou Osmar Terra (PMDB), José Albino Rohr (PT) e Olavo Cunegatti (PDT). Vicini venceu pela primeira vez e acabou assumindo o executivo 1989.

Em 1991, Borges que seria o próximo candidato a prefeito, acabou falecendo durante uma cirurgia, então o partido de Vicini, na eleição seguinte fez coligação com o PDT que tinha o candidato a prefeitura Olavo Cunegatti, com seu vice Aldir Pedro Brandão, eles perderam a eleição para Osmar Terra.

A eleição de 2000, não estavam nos planos de Vicini, que estava na função de Delegado do Trabalho Estadual, e pretendia concorrer a Deputado Estadual, onde já havia assumido como suplente, “Quando iniciou a organização para as eleições municipais lembro que fui chamado pela Executiva do partido em Porto Alegre, em uma conversa amistosa me disseram para concorrer a prefeitura de Santa Rosa, aqui tinha a televisão (RBS), e eles queriam um candidato a prefeitura, por que iria repercutir nos 70 municípios da região, acabei resistindo um pouco, tinha uma eleição a Deputado Estadual bem encaminhada, e estava trabalhando mais em Porto Alegre que em Santa Rosa, achava difícil voltar e concorrer, mas acabei concorrendo”, relembra Vicini.

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A eleição foi muito disputada, Osmar Terra já tinha uma influencia muito grande no cenário político local, o prefeito na época Júlio Brun de Oliveira com o vice-prefeito De Paula, PMDB e PDT em coligação. Na outra chapa estavam PP e PSDB, com Alcides Vicini e Artur Lorentz, que venceram a eleição.

Artur Lorentz acabou indo para o Governo do Estado, sendo presidente da Sulgás, então na eleição seguinte 2004 meu vice-prefeito foi Mário Bauken do PDT, onde governaram a cidade até 2008. Em 2009 seu filho Leonardo Vicini, era sócio proprietário da Shelter Segurança, na época ainda uma empresa pequena, então Vicini passou a ajudar, mas isso é assunto para uma próxima edição.

UMA HISTÓRIA DE AMOR

Quando chegou a cidade de Xanxerê em 1967, Vicini, lecionou no colégio Lasale e em outra escola estadual, “Tinha um pouco de conhecimento em música e acabei indo na Igreja Católica, depois do padre me pedir para reger o coral, ensaiávamos alguns cânticos e apresentávamos nos cultos e celebrações. O irmão da Elenir era meu aluno, estávamos conversando e ela que participava de outro grupo de jovens estava junto, perguntei se era namorada dele sem saber, então ele me disse q era sua irmã, então já olhei diferente para Elenir, em sua simpatia e beleza, então lhe convidei para participar do nosso coral, tivemos uma proximidade maior e começou a paquera e acabamos namorando durante um ano, mais um ano noivos e casamos em 1970”, relembra Vicini.

O amor do casal era notável e no dia 28 de janeiro de 1970 casaram em Xanxerê, após foram morar em Francisco Beltrão no Paraná, onde Vicini foi lecionar no colégio Mário de Andrade e Elenir começou a lecionar e estudar na cidade de Ijuí. Alcides estava cursando seu mestrado na PUC em Porto Alegre, quando o Padre Leandro Ross, diretor do Colégio Salesiano Dom Bosco estava procurando um professor de linguística, “Então fui convidado para conhecer Santa Rosa em 1975, e se gostasse poderia iniciar o trabalho no curso de letras. Cheguei e fiquei encantado com a escola e a proposta financeira era interessante, consegui ligar para Elenir que topou na hora, ela poderia estudar na cidade e lecionar, buscamos nossa mudança e chegamos à cidade”, relata Vicini, que lembra que pegou o caminhão de mudança mais barato e chegou tudo bagunçado foi uma dor de cabeça montar as coisas.

Alcides e Elenir são casados há 50 anos, quando chegaram a Santa Rosa seu filho Silvio Alberto (in memoriam) já era nascido, Leonardo e Cristiano Alcides nasceram na cidade, hoje o casal tem os netos Emanuelle Vicini, Gabriel Vicini e Silvio Vicini Jr.

“Lembro que Vicini, me ligou e disse que tinha uma proposta para trabalhar em Santa Rosa, e a cidade era próxima a Ijuí, o que iria facilitar muito, com menos viagens, disse para ele pegar nosso filho, nossas coisas e irmos morar na cidade. Quando chegamos logo fomos morar em Cruzeiro”, relata Elenir, a primeira dama de Santa Rosa por cinco vezes, professora e vereadora, que tem diversos trabalhos marcantes na cidade em toda a jornada ao lado do Prefeito Alcides Vicini.

Em entrevista ao programa D´Life com apresentação de Marli Zorzan, Elenir disse, “Quando lembro que não existia médico para ir ao interior no primeiro mandato do Alcides em 1992: eu ia para o interior levar roupas da campanha do agasalho e as famílias diziam que chegavam aos postos e não tinham mais fichas, que o médico só trabalhava quatro horas. Na época existia um veículo (trailer), que os médicos levavam para as vilas; eu convenci meu marido a pegar o trailer e levar para o interior. Eu fazia visita em todas as casas e avisava o dia que o médico estaria no local. Até hoje as pessoas lembram e agradecem. Até hoje as mães me cobram do sopão que era distribuído nos bairros, mas atualmente se precisa de uma estrutura diferente, na época não importava se era Kombi nova ou velha: forrava com papelão e entregava o sopão. Ainda quero ver se consigo fazer o sopão indo aos locais; já tenho até uma empresa que vai ajudar. É só achar o local certo e fazer. As mães que trabalham fora me cobram dizendo que era bom chegar em casa e já ter o almoço pronto”.

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