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Nilson Guidolin uma estaca na história

Nascido no interior de Santa Maria, na localidade de Invernadinho, no dia 20 de maio de 1947, Nilson Guidolin é uma história viva de Santa Rosa, ajudando no desenvolvimento e crescimento da cidade. “Algo que mexeu muito comigo, foi quando meu pai Angelin, estava plantando arroz e fui levar uma merenda, era mês de junho, estava de tamanquinho, começou a nevar e meu pai estava com um arado no barro e me mandou para casa, então fugi chorando de ver meu pai naquela circunstancia.”

ESTUDAR SERIA A SOLUÇÃO

“Pedi para Deus me dar oportunidade de estudar, seria a única solução para sair daquela circunstância, então tive a grande benção de minha mãe que priorizou que nós estudássemos. Éramos pessoas extremamente humildes, o que plantávamos dava para nosso sustendo. Fui mandando para um Seminário, contra minha vontade, mas minha mãe me convenceu a estudar, foi uma grande missão que tive, aprendi disciplina. Nos seis primeiros meses, a única coisa que pensava era fugir de lá, era indisciplinado, não queria me enquadrar, mas então notei que não teria solução, me aliei ao sistema e passei a ser um dos melhores alunos. Trabalhava com as freiras, elas queriam que eu ficasse lá, mas a saudade dos meus pais me fez sair, então já havia uma escola próxima onde morávamos, fui coroinha do Padre André. Minha mãe estava grávida de minha irmã Neiva, o médico disse que a única solução para ela manter a criança seria ir para Porto Alegre, vendemos tudo e fomos para capital, estudei no colégio Das Dores em Duque de Caxias, morávamos próximo ao Palácio Piratini”.

O programa Grande Rodeio Coringa, passava na Rádio Farroupilha, apresentado por Darcy Fagundes e Luiz Menezes. Por ali passaram músicos e cantores regionalistas, como Teixeirinha, e mestres na trova gaúcha tradicionalista, como Formiguinha e Gildo de Freitas. “Lembro que meu pai comprou um rádio, minha alegria era escutar o Grande Rodeio Coringa nos domingos de noite, quando estava morando na Capital eu ia assistir pessoalmente, onde hoje é a Assembleia Legislativa, era algo fantástico.”

QUASE DESISTI

“Me alistei no quartel, acordava às 5h, chegada ao quartel às 7h,voltava, ia para escola, conseguia assistir as duas primeiras aula e as outras duas eu dormia, não tinha resistência física para aguentar, em dois meses eu pensei em trancar a matrícula, não aguentava mais. Fui trancar a matrícula então um sujeito que eu não conhecia me perguntou: o que estava fazendo lá? eu respondi, então ele me disse: “Não faça isso, você vai resistir”, aquilo me chamou atenção, um sujeito que eu nem conhecia, então aceitei o conselho dele e passei de ano. No segundo ano fui promovido a 3º Sargento no quartel, estava indo nas aulas a noite para aprender o que faltava, fiz o vestibular de Engenharia e Matemática, passando nas duas em 15º lugar, comecei a fazer Engenharia e resolvi fazer Matemática, as matérias que serviam para Engenharia, o mais difícil era conciliar os estudos, estava no meu limite, em três anos consegui fazer o que era para ser feito em quatro anos na matemática, na Engenharia fui o único que me formei em quatro anos.

VOLTA PARA SANTA MARIA

“Recebi uma proposta para trabalhar na Secretaria de Planejamento em Santa Maria, o que me agradou muito era secretário de planejamento do Projeto Rondon, sempre fui fascinado por planejamento. O prefeito me chamou e fez o convite para assumir a subprefeitura de Camobi, não respondi na hora, fui lá analisar o que poderia fazer no local, após resolvi aceitar, desde que me permitisse fazer uma ligação asfáltica no local, foi um grande salto na minha vida, tinha um Jeep a minha disposição, não precisava mais caminhar, algum tempo depois foi minha formatura.”

VINDA PARA SANTA ROSA

“O Prefeito Anacleto Giovelli foi a Santa Maria visitar sua irmã Deomira e disse que iria para Porto Alegre, pois precisava de um Engenheiro que entendesse de planejamento, sua irmã disse que conhecia o filho do seu Angelim Guidolin, que tinha se formado, então me chamaram, avisei que estava indo para o Rio de Janeiro onde havia passado num curso de especialização, mas vim conhecer Santa Rosa no mês de Dezembro de 1972, fiquei dois dias, fui à Ferramis e outros lugares, eu me encantei, me apaixonei pela cidade, resolvi fazer um contrato de seis meses, trabalhava de segunda até quinta-feira em Santa Rosa, pegava um ônibus até Santa Maria onde trabalhava de sexta-feira até domingo e retornava”.

“Montamos em Santa Rosa o Gabinete de Planejamento, era fascinante, fantástico fazer obras e planejar com uma equipe excepcional, me identifiquei muito com o Erni Friedrich, na época secretário de administração. Acabei me aproximando da Ferramis, o Camilo me adotou como parceiro, um filho para ele, eu acabei pegando toda sua filosofia na parte empresarial. Na parte pública acabei me identificando com o Anacleto Giovelli, um grande prefeito, me ensinou que eu deveria respeitar uma folha de papel, ele dizia: “é pública, estamos a serviço do público, somos empregados do setor público, tem que ter compromisso com o público.”, isso me marcou muito.”

HISTÓRIA COM A FENASOJA

“É uma instituição que mexe comigo na parte positiva, juntamente com a Sinduscom e o Sicredi, participei da segunda Fenasoja em 1974, presidida pelo Willy Klaus, desde lá acompanhei todas, a terceira com Eugênio Pilz, a quarta com Adelcki Camilo Beltrame, nessa feira com a relação próxima do Camilo ele me colocou na presidência da Comissão Executiva do Parque, estava encarregado de fazer todas as obras com os funcionários da prefeitura, todo calçamento que tem dentro do parque, foi feito um mapa e executado pelos funcionários da prefeitura, sempre fazia uma meta com eles, se fosse cumprida eu pagava um churrasco com refrigerante. Gosto de pessoas, gosto de trabalhar com pessoas, em primeiro lugar gosto de evoluir, materialmente, espiritualmente e também gosto de fazer as pessoas evoluírem. Onde eu estava era um agente de transformação, com 15 anos recebi uma lição de meu pai, ele me disse: “Olha guri, pior coisa que existe é o desequilíbrio econômico, porque a pessoa perde nome, família, perde tudo, tem pessoas que ganham cinco mil reais, pensam que ganham dez e gastam quinze e sempre estão no inferno, a fórmula certa é ganhar quinze mil reais, pensar que ganha dez e gastar cinco.” Esse fundamento que meu pai me deu foi fantástico.”

Nilson Guidolin relembrou de momentos vividos na 4ª Fenasoja juntamente com Camilo e Anacleto. “Estávamos no hotel em Porto Alegre, peguei o jornal Correio do Povo e na capa estava: “João Figueiredo visita a Fenafumo em Santa Cruz”, ele era candidato à presidência. Cheguei para o Camilo e o Anacleto e disse que precisamos convidar o Figueiredo, então fomos para a Santa Cruz do Sul no mesmo dia fazer o convite pessoalmente, eu, o motorista Pedro Dani (pai do vereador Dani) e o Camilo. Chegamos ao local, encontramos o prefeito Arno Frantz, amigo pessoal do Camilo, que nos colocou por primeiro para falar com o Figueiredo, lembro que era muito calor, nos apresentamos, falamos que éramos o Berço Nacional da Soja, apresentamos a Fenasoja, ele nos olhou e disse: “Eu vou lá, me interesso, quero conhecer essa região.” Saímos de lá feliz da vida, fizemos a articulação na parte civil e militar, foi sua primeira saída de Brasília como Presidente do Brasil, foi fantástico! Estava toda imprensa nacional, todas as emissoras de televisão, era uma época que para dar entrevista tínhamos que acordar 5h e ir para Cruz Alta, e nessa Fenasoja foi a primeira vez que a RBS veio para Santa Rosa, com o Jornal do Almoço, juntamente com Paulo Santana.

PRESIDENTE DA FENASOJA

Assim que concluída a 4ª Fenasoja, no encerramento o Camilo olhou para Guidolin e disse: “Engenheiro Nilson Guidolin, você vai ser o próximo presidente da Fenasoja.” Então Nilson, na época viúvo e com duas crianças para criar, pensou em negar o convite, mas Camilo insistiu, “Somente grandes empresários haviam sido presidentes, eu era um Engenheiro que tinha chego há pouco tempo, mas o Camilo convenceu a todos que eu deveria ser o presidente da 5ª Feira Nacional da Soja.” No mesmo ano da feira, Santa Rosa iria completar 50 anos, o Camilo disse para Nilson: “Será a maior Fenasoja de todas, você vai ficar famoso!” Nilson Guidolin disse: “Eu não quero ficar famoso, quero sustentar minhas filhas e pagar minhas contas. Com muita conversa me convenceram e eu aceitei o convite, então comecei a trabalhar e montamos um timaço, o prefeito era Antônio Carlos Borges, o presidente da Câmara de Vereadores era Erni Friedrich, o presidente da ACISAP Vanderlei Giacomini. A estrutura da Feira era: o presidente e mais cinco vice-presidentes, convidei Willy Claus, Eugênio Pilz, Camilo Beltrame, Anacleto Giovelli e Irineu Guidolin, coordenação: Oswaldo Costa Filho, secretárias: Cleci Meneguel, Taís Beltrame e Deise Rabuske, mais os presidentes de comissões.”

ÁRVORE LUNAR

A Fenasoja foi realizada naquele ano entre o dia 1º e 10 de Agosto em homenagem ao aniversário de 50 anos de Santa Rosa, com o desafio de trazer o presidente Figueiredo novamente, “Estamos pensando o que fazer para motivar o Figueiredo vir novamente e durante a noite tive uma ideia, pegar o maior pelego que conseguir e pintar a bandeira do Brasil. Conseguimos uma audiência com o presidente e fomos a comitiva. Waldow, uma liderança política, ficou encarregado de entregar o pelego. Na audiência com o presidente agradecemos muito pela energia que ele deixou na cidade com sua visita, disse: precisamos que você volte, então entregamos o presente, ele colocou no braço e disse: “Esse é o melhor presente que recebo na minha vida”, então começou alisar o pelego e colocou em seu escritório.”

Durante a audiência foi falado sobre os 50 anos de Santa Rosa, então o presidente Figueiredo falou sobre umas mudas de árvore que foram germinadas na lua e perguntou se a comitiva não gostaria de uma das três mudas, encaminhando o pessoal para retirar a muda de árvore disse: “Peguem a muda e eu estarei lá para fazer o plantio para vocês.” O presidente contou mais algumas histórias então a comissão saiu para buscar a muda germinada na lua.

STACON

A empresa Stacon surgiu em 1976 devido a uma grande demanda no mercado local. “O grande problema de Santa Rosa eram as fissuras nas residências, aqui é um terreno que tem muita infiltração de água, todas as fundações eram superficiais, então pensei que isso só se resolveria com estaqueamento.”

O Raul Lunardi, havia ido para uma missão do Rotary em Turim na Itália, a Italbrás queria se instalar no Brasil e pediram se não gostaria de instalar em Santa Rosa, foi aqui instalada uma das primeiras revendas da FIAT no Rio Grande do Sul, com os projetos em mãos, Raul chamou Guidolin para execução da obra, “Avisei seu Raul que teríamos que fazer a obra com estaqueamento, não somente com sapatas ou iria dar muita fissura no prédio, ele me pediu para fazer o orçamento da máquina e mandou comprar e descontar da execução da mão-de-obra”, relembra Nilson.

Mas ainda tinha um problema, ninguém sabia operar a máquina, então foi enviado um operador pela empresa que vendeu a máquina, mas que segundo Guidolin não sabia operar muito bem, então foi mandado embora, “ Eu já havia trabalho com uma maquina dessas em diversos estaqueamentos em Porto Alegre, me lembrei do Jackson, um operador da máquina que era excepcional, fui a Capital em um domingo e “sequestrei” ele durante oito dias, aqui ele ensinou um dos meus funcionários a operar, o Pedrão, ai que surgiu a Stacon, em relação ao estaqueamento”.

30 DIAS EM 10

“Trabalhava na Prefeitura e na parte da noite em meu escritório, sempre tive uma ânsia de trabalhar e produzir, os projetos demoravam um mês ou dois, mas eu fazia em dois dias.” relembra Guidolin.

Quando estava na Prefeitura chegou um empresário que queria instalar a APESUL em Santa Rosa, Cruz Alta, Ijuí entre outras cidades. “O empresário chegou dizendo que éramos demorados, que ninguém queria fazer obra, ele queria fazer uma obra em dez dias, obra que normalmente iria durar 30 dias, fui, analisei e pensei: vou montar três equipes com três mestres de obra. A Ferramis ficou de plantão para eu comprar materiais na madrugada, caso precisasse, foi o que fiz e disse que faria em dez dias” relembra Guidolin. A obra foi entregue em dez dias e esse empresário então falou: “Vocês engenheiros são burros, não queriam fazer a obra e agora está aí pronta em dez dias, você ganhou em dez dias o que queria ganhar em um mês, agora pode triplicar sua renda mensal, vocês não sabem ganhar dinheiro, estão em um mundo confortável.”, após isso a empresa de Guidolin foi contratada para realizar a execução das obras nas outras cidades.

“A minha felicidade estava na adrenalina, no desafio das coisas quase impossíveis de realizar, quando tinha metas, prazos, era minha adrenalina.”

MARCOS

“Formamos o Sindicato da Construção Civil, evoluímos muito nesse quesito, nos tornamos exportadores de mão-de-obra e tecnologia, realizamos obras em todo o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, sempre tive um sonho de treinar e motivar as pessoas, os pagamentos eram semanais, chegamos a ter 350 funcionários somente em folhas de pagamento, eram 1400 folhas em máquinas, funcionando dia e noite para poder fazer o pagamento, sempre fazia muitas reuniões com o pessoal para motivar os funcionários.”

Guidolin foi durante 25 anos diretor da FIERGS, “lembro que a FIERGS adquiriu um projeto sobre prevenção de uso de drogas na empresa e na família, assisti a palestra no frigorífico para 1400 pessoas, então me deu um start, esse teria que ser um programa para aplicar na Construção Civil. Quando chegamos a Santa Rosa, nos canteiros de obra só se falava em briga, jogo, só coisa ruim, então mudamos esse paradigma para o assuntos serem: produtividade, eficiência, família. Implantamos um sistema que o funcionário que estava em outra cidade receberia somente um vale, quem recebia o salário era sua esposa, se não eles poderiam gastar todo salário deixando a família aqui na cidade sem dinheiro, é claro que alguns funcionários não se adaptavam.”

Para implantar esse sistema de prevenção às drogas o custo seria de 10 mil dólares, então pensei e realizamos essa palestra entre dois sindicatos: o patronal e dos empregados, com ajuda de mais oito empresas, ficando mil dólares de investimento para cada, “O resultado foi excelente, não poderia ser melhor, uma transformação na Construção Civil.”

Em Santa Rosa tenho alguns marcos, Praça 10 de Agosto, Parcão, Centro Cívico, Prefeitura (onde era a Cotrirosa) uma obra fantástica, Terminal Mauá em Porto Alegre ao lado do Mercadão Público, um investimento de 1 milhão de reais, a obra foi executada em 150 dias.

Terminal Mauá em Porto Alegre

Guidolin revela um fato curioso durante a construção do Terminal Mauá, “Estava sendo realizado um jogo entre Grêmio x São José, em um sábado, quando estouramos uma adutora, inundando uma parte do centro de Porto Alegre, havia chovido então pensaram que era da chuva (risos).”

ENCERRANDO A CARREIRA

Guidolin relata que nos últimos tempos, estava muito burocrático, tudo o que a empresa fazia estava inviabilizado com Leis, “Nunca tive problema com reclamatória trabalhista pelo relacionamento com os funcionários. Certo dia minha filha Fernanda me chamou e disse: “Quero saber quanto você precisa de mesada para fechar a empresa”, então desafiei ela, pedi para escrever um livro sobre mim, pois ela sabia muito da minha história, quero que você seja generosa e coloque somente as coisas boas (risos), isso vai servir para teus filhos e netos, de onde eu sai até onde cheguei, as amizades e fatores humanos, onde relata que criei duas filhas: você (Fernanda) e a Cláudia, e ainda questionei ela pedindo se ainda achava que por tudo que eu trabalhei iria precisar de mesada? Então pedi dois anos para parar as atividades, tempo que levei para organizar tudo.”

Sobre parar, Guidolin relata: “É uma decisão difícil, trabalhar é minha cachaça, fazer obra é fantástico, reunir pessoal, fazer e ver pronta. Tenho duas filhas e meus netos que são preciosidades, fiquei viúvo, após um tempo conheci a Liane.”

MENSAGEM

Perguntado sobre uma mensagem para deixar aos empresários e trabalhadores nesse momento que estamos passando devido a Pandemia do Coronavírus, Nilson disse:

Primeiramente a pessoa tem que ter fé, ser otimista e ter bom humor na vida, o trabalho é uma benção, faça tudo com alegria, nunca vivenciamos uma circunstância igual agora, mas isso vai passar e vai ser logo, existe três grandes crises, a primeira do vírus, a segunda econômica, que se não cuidar pode ser pior que a do vírus, e a terceira, uma crise política onde estão se aproveitando para tentar derrubar o presidente Bolsonaro, um sujeito que veio para salvar o Brasil, há 30 anos existe um sistema corrupto. Onde já se viu um país com 40% de impostos não ter dinheiro para saúde e para nada, é por que estamos sustentando um sistema corrupto, um poder judiciário que não faz nada, um sistema legislativo que só faz leis para beneficiar eles mesmos, enquanto um trabalhador ganha mil reais, ele custa mais mil, e quando vai comprar ele ocupa somente 600 reais em mercadoria seu custo é 1/3 do que ele ganha e ninguém fala isso, ou vamos querer nos transformar em uma Venezuela ou em uma Cuba? O Bolsonaro só tem duas coisas para fazer: Não deixar roubar e deixar a iniciativa privada trabalhar, as pessoas não enxergam isso. Devemos dar para as pessoas o desejo de construir pelo seu trabalho, mas estabelecemos um sistema que mandamos bilhões para sistemas socialistas e ficamos sem estradas. Realizamos uma copa do mundo e olimpíadas onde foi para ganhar 20 ou 30% de propina e todos ficam sem fazer nada, a imprensa vive uma síndrome de abstinência de dinheiro fácil. Vamos pegar o caminho de quem produz, o Brasil se deixar de roubar, vamos fazer a quarta ou terceira potência mundial, desculpe encerrar desse jeito.” finaliza Guidolin.

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