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Diomira Carpenedo

Um programa de entrevistas que valoriza a ação de pessoas que fizeram e/ou fazem a diferença na sociedade. A produção e apresentação é de Marli Zorzan e a convidada dessa edição é Diomira Carpenedo.

Uma história de vida emocionante e um legado que abrange a Apae, Apada, Asilo de Idosos, Lions Club. Nossa homenagem e reconhecimento por uma dedicação imensurável, esposa, mãe, voluntária, humana, sensível, um exemplo de pessoa. Diomira é mãe de cinco filhos: Sérgio, Rudimar, Lorete, Marcos e Mauro. Casada com Roco Carpenedo, possui 8 netos e 3 bisnetos.

Marli Zorzan – “O que levou a realizar o trabalho voluntário em nossa comunidade?”

Diomira – “Primeiro comecei a trabalhar no Lar do Idoso a mais de 60 anos, desde que tinha uma casinha de madeira com seis idosos, onde as voluntárias iam de casa em casa para recolher alimentos e produtos de higiene para manter o lar, eu lembro do começo, mas fui trabalhar no local algum tempo depois. Antes disso eu colaborava com doações, após no Lions Club.”

Diomira relembrou o tempo de escola onde o trabalho voluntário começou a dar sinais: “Fui criada no interior e quando ia para a escola tinha o prazer, juntamente com minha irmã Maria, de limpar a casa da professora, era uma alegria fazer isso”. Diomira relembrou o começo do seu casamento: “No segundo mês de casada veio meu cunhado, que era casado, para morar comigo e meu marido, moramos três anos na mesma residência. Quando ele foi embora, veio o outro cunhado morar junto por mais três anos. Com a chegada do segundo filho o trabalho dobrou, mas nós, as cunhadas, éramos mais que amigas e todas se ajudavam. Em família o trabalho voluntário já começava a aparecer”.

Diomira conta os momentos vividos com seu segundo filho, Rudimar, que nasceu com disritmia cerebral: “Fomos de médico em médico para tentar descobrir o que era. Naquela época não existia a aparelhagem que tem hoje, acabei indo a Porto Alegre.” Com o conhecimento adquirido na capital, Diomira tratou em casa o filho por nove meses. “Por conhecer mães que também tinham filhos com algum problema de saúde, juntaram-se com uma especialista de Porto Alegre para auxiliar no tratamento correto. Juntamente com a professora Silinia Lunardi, fomos até o prefeito para pedir uma sala e uma professora, então a prefeitura cedeu espaço e mão de obra. Era uma alegria começar a fazer isso para as crianças.”

“Toda a comunidade colaborava, até para pagar o salário da professora que após algum tempo a prefeitura começou fazer esse pagamento. Eram feitas doações, uma batalha de alguns anos, até que então foram convidadas para ir a Porto Alegre passar por qualificação, então surgindo a APAE.”

Sobre ser uma idealizadora do ASILO e da APAE, Diomira diz: “Eu sempre pensei que recebia muito mais do que ajudava, o trabalho, a doação, todos fazem algo. Eu ficava impressionada, pois dava sugestões que logo eram aceitas e realizadas”.

Diomira também recordou os mais de 30 anos que esteve no Lions Club: “Olho meus copos do Lions, todos em uma prateleira, de diversos eventos que eram e são até hoje realizados para arrecadar fundos para doação para alguma instituição de caridade”.

Marli Zorzan – Do que sente saudade?

Diomira – “Saudade, eu desejaria ter mais saúde para continuar, foi o primeiro ano que não fui toda semana no ASILO, consegui ir apenas duas vezes, mas foi muito bom todo trabalho, nos alegrávamos conseguir fazer, eu me sinto feliz e tranquila em ter feito o bem”.

Diomira, também deixa um recado para as mulheres: “Tenham coragem, acreditem e não abandonem. Todas temos um dom, cada uma faz o que acha que deve ser feito, se fizer o bem não se arrependerá nunca. Ser exemplo é o que mais me deixa orgulhosa”.

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