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Boatos sobre libertação de assassino em série leva medo aos moradores de cidade no RS

A única sobrevivente dos ataques feitos na Praia do Cassino na década de 1990 pelo serial killer Paulo Sérgio Guimarães da Silva (foto) – o “Titica”, fez hoje um forte desabafo em sua rede social. Brenda Graebin na época era adolescente e escapou da morte. Seu namorado acabou sendo uma das vítimas do “Maníaco da Praia do Cassino”, como ficou conhecido o assassino em série.

ENTENDA MELHOR

Nos últimos dias, vários internautas começaram a disseminar uma falsa informação nas redes sociais sobre a libertação do maníaco, recolhido a uma penitenciária de segurança máxima. Em grupos do aplicativo WhatsApp também vem sendo disseminada a informação a respeito da suposta libertação do assassino. As mensagens vêm gerando inquietação na cidade, principalmente no Bairro Balneário Cassino, onde “Titica” praticou a maioria dos assassinatos. O serial killer permanece preso, mas a circulação dos boatos preocupou a todos. No início da tarde desta quinta-feira (13), a sobrevivente, que ficou com graves sequelas após o ataque, apelou aos internautas. Ela pediu que parem de espalhar boatos. “Começou a febre em Rio Grande de querer espalhar terror. Já é o segundo que eu recebo na mesma semana”, referiu Brenda, recomendando que as pessoas se dirijam à delegacia de polícia antes de saírem espalhando informações inverídicas. “Uma hora realmente vai acontecer uma coisa séria e vocês só vão atrapalhar, inventando tanta coisa”. Ao final, Brenda foi incisiva ao escrever: “o cara que me deu o tiro não tá solto como já vieram me contar”. Brenda recebeu várias manifestações de apoio ao conteúdo que publicou.

‘TITICA’

Promotor de Justiça em Rio Grande na época, Márcio Schlee participou do mais rumoroso julgamento na área criminal do município, que teve repercussão nacional. Em fevereiro de 2002 Schlee atuou na acusação de Paulo Sérgio Guimarães da Silva. “Titica” foi responsável por sete assassinatos em série, principalmente na Praia do Cassino. Na mesma época houve o julgamento de outro serial killer, o Maníaco do Parque, em São Paulo. O promotor Márcio admite que se preparou muito para conseguir a condenação do réu. No final, ”Titica” acabou condenado a 171 anos, pena que por outros crimes anteriores foi aumentada para 184 anos e 10 meses de prisão. O condenado já pediu várias vezes sua transferência da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) para a Penitenciária Estadual de Rio Grande (Perg), o que foi sempre negado. O promotor Márcio Gomes foi contra a transferência de Titica, “um homicida nato, que ao retornar ao convívio social estará propenso a matar”. O promotor já ponderou que a Perg não teria segurança das mais eficientes, causando “total pânico em toda a cidade e Zona Sul do Estado”.

Fonte Edson Costa

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