Desde 1949 o Sindicato das Indústrias de Construção e do Mobiliário do Noroeste – (SINDUSCOM Noroeste RS) atua em Santa Rosa e região em defesa dos direitos do setor que representa 3,7% do PIB do Brasil e 17,7% do PIB do setor industrial, com milhares de empregos de forma direta e indireta.
O sindicato conta agora com uma nova diretoria, tomou posse o novo presidente o engenheiro e empresário Lucas Dinon Carpenedo. A posse foi realizada em assembleia virtual, onde também foram apresentadas informações da atual Gestão presidida pelo Rodrigo Luis Meinerz e pautas para a gestão de Carpenedo. Segundo o Sinduscom, o objetivo segue sendo defender os interesses da categoria.
O 17º presidente do SINDUSCOM, Lucas Carpenedo, conversou com nossa reportagem, relatando os próximos passos. “As demandas chegam através de nossos associados, o qual já foram passadas algumas questões. Estou assumindo o cargo após uma excelente gestão do Rodrigo Meinerz, que assumiu esse compromisso e enfrentou a pandemia onde tudo mudou. Ele teve muita competência para atuar, deixando todas as contas em dia. O sindicato se mantém através dos associados. Atualmente, devido às novas legislações, essa contribuição não é obrigatória, mas nossos associados sabem da importância do SINDUSCOM, em diversas frentes”, disse Lucas.
Lucas relatou que a alta nos preços é devida principalmente à paralisação das atividades em razão da pandemia. Segundo ele, a retomada é lenta causando esse aumento pela lei da oferta e demanda. “O setor da construção civil não parou, seguiu comprando, mas as indústrias que fabricam tiveram que parar e vender o que havia em estoque, causando esse aumento pela demanda”.
A alta nos preços dos insumos para construção está em constante elevação, o que é um desafio para o setor. “Meu pai sempre nos ensinou, desde jovem, que todo investimento é como um banquinho que possui três pés, rentabilidade, segurança e liquidez. A construção civil com taxa de juros baixa faz o setor crescer muito, essa medida foi feita pelo governo para estimular a economia, mas os produtores de insumo estavam parados ou sem estoque e os valores subiram a dígitos que ninguém esperava, o aço tem subido dois dígitos mensalmente. É um desafio para quem está na construção civil, ninguém faz uma obra em 30 dias, construções grandes levam 24 a 36 meses, o como segurar o preço do material, sendo que tem alguns que não podem ser estocados”.
Caminhando por Santa Rosa é notável as construções e obras, em bairros ou área central, onde estão sendo feitos diversos investimentos, principalmente em prédios, mostrando que a cidade está desenvolvendo, mesmo em um momento delicado da economia mundial. “A construção civil é um espelho da esperança. Quando o setor está bom é sinal de que as pessoas têm esperança e crédito que a economia e as pessoas vão ir bem. A apreensão no setor é devido aos insumos, se vai subir, seguir ou baixar os preços. Trabalhamos com a expectativa de parar de ter aumento, mas em um longo prazo, com os estímulos vindo do EUA para economia mundial, vai acabar melhorando”.
Segundo Lucas, a tendência do mercado imobiliário é seguir aquecido até o final do próximo ano. “Vamos ter a taxa inflacionária maior que a taxa de juros, todo dinheiro que está no banco ou rentabilizando está perdendo valor em relação ao bem físico ou de investimento. A tendência é o mercado continuar aquecido. O governo vai continuar estimulando a economia, principalmente no próximo ano, que é eleitoral, então a construção civil estará bem tranquila em relação à demanda. As próximas projeções dependem muito a partir das eleições, do posicionamento da guerra comercial entre Estados Unidos e China, se a economia seguirá sendo estimulada pela taxa de juros ou a taxa básica de juros vai subir para frear a inflação do custo”.
Lucas também falou sobre os efeitos da pandemia do coronavírus ao setor. “A pandemia trouxe um aspecto diferenciado, onde as pessoas começaram a entender sua habitação, nos grandes centros já existem moradias de 20m² onde a pessoa só vai para dormir, o home office fez com que se comece a valorizar os espaços da residência, pensar em residências mais afastadas do centro urbano, mas com espaço maior na área externa”.
Todas as indústrias da construção civil e mobiliário são representadas pelo SINDUSCOM, onde associados participam das assembleias e apresentam demandas. “Nossos associados tem a liberdade para repassar as demandas, nossa representação ajudou na lei da construção civil recentemente aprovada em Santa Rosa, com desconto de IPTU, alvarás, entre outros benefícios para estimular o setor. Esse é nosso trabalho em frente ao SINDUSCOM, os associados podem contar com nossa entidade”, finalizou Lucas.