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Teoria da pobreza dos municípios

O Portal Plural trouxe através do analista Leonardo Vicini um tema que tem sido debatido muito no mundo nos dias atuais, que trata sobre a cultura das gestões municipais de no Brasil onde se é proibido fazer poupança, o convidado foi o atual Prefeito de Santa Rosa Alcides Vicni, que está no seu quinto mandato.

Como exemplo a cidade de Shenzhen na China, em 1979 era apenas uma pacata vila com cerca de 30 mil habitantes que ficava em toda a fronteira de Hong Kong. Hoje, a cidade da província de Guangdong tem uma população com mais de 11 milhões de pessoas impulsionada por trabalhadores que fazem de tudo o que você possa imaginar. Shenzhen assumiu a cultura de fazer poupança e investir tendo um salto gigantesco, atualmente é uma referência de tecnologia global sendo considerada o próximo Vale do Silício, a cidade é o terceiro maior PIB da China de US$ 392 bilhões dados de 2016, “A cidade é um exemplo que podemos comparar com Santa Rosa, se tivéssemos realizado um trabalho semelhante será que teríamos crescido tanto, esse números recebi em 2010 e me instigou a ir atrás de informações, no mundo todos cresciam no máximo 2% e a China crescia 10% e alguns municípios do país chegando a 30%”, relata Leonardo Vicini analista do Portal Plural.

Ainda segundo Leonardo um grupo de empresários foi à cidade e chegaram à constatação que o principal fator para tal crescimento era relacionado ao padrão de gestão dos recursos, “Não no sentido de aplicação em serviços, o diferencial deles foi quebrar o padrão da não poupança. Um posto de saúde em Santa Rosa custa por ano aproximadamente R$ 3,5 milhões, em dez anos custa R$ 35 milhões e em trinta anos R$ 100 milhões isso calculando sem juros”.

“Se pegarmos esses mesmo valor anual do posto de saúde de R$ 3 milhões e ao invés de fazer o posto criar um fundo igual Shenzhen criou para financiar negócios com juro baixo o que vai gerar empregos e girar a economia local o valor que vai voltar ao cofre, gerando impostos esse valor de um posto de saúde em trinta anos ao invés de ser gasto R$ 100 milhões, iria ter gerado empregos e movimentado e economia e atingido o investimento com 1% de juro de R$ 400 milhões”, disse Leonardo Vicini.

O Prefeito Alcides Vicini falou sobre o assunto, “É uma questão de cultura enquanto na China e em outros países que tem o posicionamento de planejar em longo prazo, nós somos da cultura imediatista, temos um Congresso Nacional que não prima pela responsabilidade fiscal e cria diversos programas que são despejados nos estados e municípios que aos poucos o município tem que ir assumindo sem ter o recurso correspondente, a poupança nesse padrão apresentando não vou dizer que seja impossível, temos que construir alternativas que possam alcançar o possível, certamente deve haver toda uma conjugação de fatores que permitam o gestor municipal fazer a poupança”.

Para 2021 a previsão da Receita Consolidada para Santa Rosa é de um orçamento financeiro total de R$ 378.000.637,21, a ser arrecadada através de Recursos Livres (R$ 118.210.789,96) e Recursos Vinculados (R$ 259.789.847,25). Já a previsão da Despesa Consolidada projeta um orçamento financeiro total de R$ R$ 378.000.637,21, estando assim dividido: Poder Executivo: R$ 195.933.597,75 – Câmara Municipal de Vereadores: R$ 10.967.039,46 – Fundação Municipal de Saúde: R$ 104.000.000,00 – Instituto de Previdência Municipal: R$ 67.100.000,00. A projeção de investimentos previsto na LDO para o ano de 2021 é de R$ 23.068.454,23, aplicados em obras e instalações (R$ 17.420.878,52), equipamentos e material permanente (R$ 5.550,875,71) e desapropriações, indenizações e inversões (R$ 96.700,00).

No Jornal Plural edição de outubro de 2020 você confere todos os detalhes.

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