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“y-juca-Pirama”

Nos meus verdes anos, com filhos adolescentes, nos momentos em que precisava cobrar atitudes e firmeza diante das dificuldades da adolescência, invocava aqueles versos do Gonçalves Dias, poeta romântico, dentro do poema “y-juca-Pirama”, se não me engano:

“…Não chores meu filho
Não chores que a vida
É luta renhida
Viver é lutar.
A vida é um combate
Que aos fracos abate
Aos fortes, aos bravos,
Só pode exaltar…”

Isso deixava eles impressionados e, de alguma forma, os movia de forma construtiva para fazer o melhor.

Transpondo no tempo, muitas vezes hoje, sinto necessidade de invocar, de novo, Gonçalves Dias, diante da atitude pusilânime, daqueles que precisam manifestar coragem, firmeza na execução das ações inerentes à sua função. O que falta, me parece, é desconhecimento das atribuições e responsabilidades inerentes à função ou cargo que exercem.

Isso vale para os pais que fraquejam diante do compromisso de estabelecer limites na liberdade e ações dos filhos; na hora de dizer não quando os pequenos ou adolescentes querem testar a autoridade dos pais com palavras ou gestos revoltosos.

Estás considerações também são pertinentes para quem exerce funções públicas nas diferentes esferas de Poder. Neste momento, é revoltante a passividade, a inércia, o medo do poder Legislativo Federal, principalmente o comando do Senado, ante a atitude autoritária do presidente do STF, que tem transposto todos os limites da decência, no cumprimento dos ditames constitucionais que Ele deveria defender e zelar pelo seu cumprimento. Mas não. Se arvora em Imperador plenipotenciário, fazendo às vezes de Executivo, Legislativo além de Judiciário.

São raras as vozes que se levantam contra essas aberrações que agridem a inteligência das pessoas minimamente conscientes de como devem proceder aos agentes de cada Poder . Enquanto Supremo age com total liberdade usurpando funções outros poderes, O Senado, qual cordeirinho assustado, silencia covardemente, comprometendo a ordem constitucional.

Para todas as pessoas de bem pairando ar a ESPERANÇA de que a nova composição do Senado atue com coragem e firmeza, para que O supremo Tribunal Federal volte a ser apenas JUDICIARIO.

Com a Graça de Deus, com o otimismo que nos caracteriza, vamos em frente com a certeza que, pelo menos neste nosso pedaço de Brasil, sabemos que “…viver é lutar”.

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