O inverno deste ano – cujo iniciou na quarta-feira (21/6), mais precisamente às 11h58 – deverá apresentar temperaturas mais elevadas em relação à média histórica no Rio Grande do Sul. Porém, essa condição não impedirá o ingresso de massas de ar frio de origem polar, com períodos mais frios e que ocasionalmente provocarão fenômenos típicos da estação, como geadas e nevoeiros. Além disso, a efetivação do fenômeno El Niño favorecerá a ocorrência de precipitações regulares no Estado.
“As projeções climáticas indicam maior frequência e distribuição regular da chuva, o que representa volumes superiores à média em todo Estado”, avalia Flávio Varone, meteorologista e coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro), da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).
Segundo ele, essa condição mantém elevada a possibilidade de eventos severos, associados a queda de granizo, fortes rajadas de vento e altos volumes acumulados – o que poderá acarretar episódios de cheias e enchentes, bem como destelhamentos e deslizamentos em áreas de encosta.
Para a agricultura, a ocorrência do El Niño, com chuvas abundantes nos próximos meses, poderá prejudicar o desenvolvimento da safra de inverno, especialmente no fim do ciclo e durante a colheita. Além disso, possivelmente atrasará o início da safra de verão.